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Carta 29

   
Jornada de Estudos 2011 - Escócia - carta 28

Cartas de Lúcio Packter, semanais, que os colegas recebiam a cada segunda-feira.

                       

Querido colega,

De Inverness para baixo teremos muito contato próximo com aquele néctar, cor de âmbar, o whisky escocês. Se você não bebe, isso não é motivo para não experimentar, pois uma coisa não necessariamente tem a ver com a outra.  

E também não há pecado, se considerarmos que provavelmente a destilação foi um ensinamento dos monges para os celtas; mais ou menos. Imagine um velho destilador, alguém em um vale longínquo, alguém caminhando das Low Lands rumos às colinas, um preparador teimoso em acertar um malte. Muitas gerações levaram o conhecimento sutil da destilação, o entendimento da água pura escocesa, a turfa, a cevada, a brisa que refrescará nossas almas.  

Os highlanders guardavam a pesca do salmão, o zelo com seus rebanhos, com o degustar da “água da vida”, que quer dizer whisky.  

Bem, um estranho e triste imposto sobre o malte fez com que as melhores destilarias se encontrassem perdidas nos vales das Highlands. Milhares delas, contam. Algumas se tornaram famosas e a própria elite inglesa preferia estas bebidas às bebidas oficiais... 

Passaremos por elas ao longo de rodovias como a linda A9. Teremos todo o tempo do mundo para parar e acompanhar isso de perto.

Um abraço,

Lúcio

(22 de agosto de 2011)