Querido colega,
Estou subindo o país em direção a São Luís,
Teresina, Fortaleza. Amanhã farei uma conferência aberta na
Universidade Estadual do Maranhão para trinta cidades.
Hoje falaremos sobre Inverness, capital das
Highlands.
Caminhar pelo rio Ness, plácido, raso, ao
longo do centro de Inverness é um agrado que o espírito dificilmente
pode negligenciar. Todo o caminho é cheio de interesses e
caracteres; se cruzarmos uma ponte estreita para pedestres poderemos
conhecer coisas como o Floral Hall, que é uma bela estufa,
arqueada, contendo plantas coloridas dos trópicos e algumas
espécies de peixes. A caminhada pelas margens do rio Ness é um dos
momentos de paz.
Os festivais importantes de Inverness terão
passado quando chegarmos, o que, sinceramente, é ótimo. Não teremos
barulheira de gente querendo ver carruagens e atores com roupas
medievais simulando a coroação da rainha. O espetáculo tem seus
encantos, mas há muita chatice envolvida.
Bem, no alto da colina, enfeitado para toda a
cidade, o castelo de Inverness. Você vai achar que ele é algo
medieval, mas é um projeto recente, de mil oitocentos e pouco,
construído com os ares medievais.
Há a catedral de St. Andrews, imperdível!
Você vai notar que a maioria dos prédios é
feita de pedras, assim como as estradinhas pelos arredores têm
pedras nos cantos. Isso se espalha por toda a Escócia, é uma das
características.
Inverness
será a nossa base ao norte da Escócia, a cidade onde estaremos por
alguns dias. A partir dela faremos incursões pelas aldeias, rios,
vales, golfos, enseadas. Para quem quer comprar quinquilharias, lã,
todo o tipo de miudezas, o Victorian Market é o local. Aliás, os
viajantes que vão a lojas caras compram o que existe ali por vezes
mais. Não faremos isso, claro.
Escreverei mais sobre Inverness, sobre as
aldeias, na próxima carta.
Um abraço,
Lúcio
(16 de agosto de 2011) |
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