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Carta 17

 

 

   
Jornada de Estudos 2011 - Escócia - carta 16

Cartas de Lúcio Packter, semanais, que os colegas recebiam a cada segunda-feira.

                    

Querido colega,

Escrevo de Porto Alegre. Cheguei agora pela manhã do Mato Grosso do Sul, onde aconteceu neste final de semana o XIII Encontro Nacional de Filosofia Clínica. Os termômetros marcam 5 graus, mas a sensação térmica aponta para menos. 

Hoje tirarei o dia para descansar. Em Encontros Nacionais tenho reuniões, uma seguida da outra, com vários grupos, tenho também apresentação de trabalho, e acompanho as atividades dos alunos e professores. 

Muitos dos colegas que vão à Escócia estavam lá em Campo Grande e alguns me perguntaram porque escolhi o mês de setembro para a nossa viagem.

 Escolha simples. Durante o inverno é complicado caminhar, fazer expedições, sobretudo para o norte do país e, ainda mais para as ilhas. Muitos serviços não funcionam e existem aqueles problemas sazonais de aeroportos e estradas. Mesmo que um ar quente sopre pelos lados do Atlântico, qualquer rajada de ar gelado do Mar do Norte derruba os ânimos. Sem chances.

Junho e setembro, em geral, temos as melhores possibilidades de bom tempo. Agosto é mês do maior festival cultural europeu e o país se transforma na Irlanda.

 O outono dos outubros é simplesmente lindo, mas já é muito frio para os nossos padrões brasileiros de bem estar ao ar livre.

 Se não teremos aquelas revoadas, os pássaros, veremos outros vôos, como os gansos e patos migrando. Golfinhos, focas, em muitas lagunas. Baleias, acho menos provável, mas alguma delas ainda aparecerá.

 Setembro tem o poema de nossa viagem, tem a luz para as nossas fotos, a delicadeza e o som das melodias das canções que estamos ouvindo nestes informativos. Entre o calor de verão e o rigor do inverno, setembro tem mais o jeito afetuoso do nosso grupo. Os turistas, bichos estranhos de comportamentos sazonais, já foram embora.

 A primavera de maio é encantadora também, mas sem a poesia do amanhecer, os dourados do anoitecer, a suavidade filosófica do outono, Jazz, calmas e serenidades. Além do que, é naturalmente compreensível que na Escócia o amadurecer da primavera é o outono, não o verão (para mim, não é?).

Um abraço,

Lúcio

(27 de junho de 2011)