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Carta 13

 

 

   
Jornada de Estudos 2011 - Escócia - carta 12

Cartas de Lúcio Packter, semanais, que os colegas recebiam a cada segunda-feira.

                           

Querido colega,

Escrevo dentro de um confortável ônibus leito da Pluma, enquanto atravesso muitos quilômetros até o próximo aeroporto aberto. Assim poderei chegar ao centro oeste do país, onde tenho clínicas, abertura de nova turma, aulas e reuniões. Os aeroportos do sul estão fechados para vôos de grandes aviões, por conta das cinzas do vulcão chileno. Aviões pequenos e médios, como o ATR da Trip, que voam à média altitude, decolam lotados para os felizes que conseguiram uma passagem.

Nossa conversa de hoje é sobre como os ânimos se modificam em muitas pessoas pelo ambiente na Escócia. Tomarei como exemplo dois escritores: Edgar Allan Poe e Robert Burns. 

A Escócia inspira dos amores sublimes aos mistérios mais fundos, conforme a interseção que suas cores, aromas, densidades e gentes arregimentam com o viajante. Poe não era escocês, era de Boston, Massachusetts. Depois de órfão, foi adotado e estudou cerca de 5 anos na Escócia e na Inglaterra, algo que se tornou muito forte nas influências de seus escritos de mistério. Burns era de Alloway, no condado de Ayrshire, Escócia. Era um poeta romântico, também um engraçado escritor, e um compositor de canções populares. Poe e Burns são exemplos do que a Escócia costuma presentear a muitos que nela chegam, e que foi percebido pelo médico que popularizou os florais no mundo inteiro: Bach (não confundir com o músico): a Escócia pode potencializar nossas inclinações. “É uma terra que nos convida  a exercer o que está em nós” – ouvi certa ocasião quando seguia de trem de Londres a Edinburgh.

De minha parte, concordo perfeitamente com isso.

Um abraço,

Lúcio

(10 de junho de 2011)