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Arquivo com os Exercícios de Filosofia Clínica contendo as respostas comentadas:

 

Um idioma, uma língua, uma pronúncia, regionalismos, gírias, tais elementos interferem na maneira como uma pessoa pensa?

Leia o texto ilustrativo abaixo, de autoria desconhecida, mostrando alguns regionalismos do goiano.

Em seguida, converse com os professores de Filosofia Clínica do seu centro sobre o tema.

 

 

 

 


 

Deixa eu te falar - Com a variação “Ow, deixa eu te falar”. Introdução goiana para um assunto sério. Nunca, mas nunca mesmo, chegue para um Goiano falando diretamente o que você tem que falar. Primeiro você tem que dizer “ow, deixa eu te falar”, para prepará-lo para o assunto. Em Goiás você precisa seguir o ritual de uma conversação. Ex.: 'E aí, bão? E o Goiás, hein? Perdeu! Tem base? É por isso que eu torço pro Vila. Oww, deixa eu te falar, lembra aquele negócio que eu te pedi...' A forma abreviada é “te falar”.

Tem base? - Expressão tão goiana que existe até em slogan impresso em bandeiras e camisetas exaltando o estado: 'Sou goiano. Tem base?'. Pode ser traduzido como 'Pode uma coisa dessas?', só que usado com muito mais frequência. 

Num dô conta - Pode ser traduzido como Não consigo, Não sei, Não quero, Não gosto, etc. No resto do país, “não dar conta” é usado mais no sentido de 'não aguentar'. Por exemplo: Não dei conta do recado, ou Não dou conta de comer isso tudo sozinho. Já aqui em Goiás é usado para quase tudo. Ex.: Num dô conta de falar inglês ('não sei falar inglês'); Num dô conta de continuar em Goiânia nas férias ('Não quero/não aguento continuar em Goiânia nas férias); Num dô conta de imprimir usando esse programa ('não sei imprimir usando esse programa'). 

Bão? - Goianês para 'Tudo bem?' Também é usada a forma bããããão? 

Tá boa? - Goianês para 'Tudo bem?' usado para mulheres. Em outras regiões do Brasil seria interpretado de outra forma...

Bão mesmo? - É comum usar o 'mesmo?' depois de coisas como 'e aí, tá bom/bão', como se pedisse uma confirmação de que a pessoa tá bem e não apenas fingindo que está bem. 

Piqui - Pequi, fruto típico de Goiás, bastante usado na culinária Goiana.

No Goiás - Em Goiás. 

Na Goiânia - Em Goiânia. 

Pit Dog - Uma espécie de filho bastardo de uma lanchonete com uma barraquinha de cachorro-quente. Apesar desse nome estranho, os sanduíches são muito bons! 

Queijim - Rotatória.

Mandruvá- Mandorová. 

Dar rata - Algo como cometer uma gafe. Ou seja, dar rata é o goianês para 'fazer gumpice' 

Anêim - Algo que parece ter vindo de 'Ah, não!', que virou 'Ah, nem!' Mas às vezes é simplesmente usado na frase com um sentido de desagrado. Quando vejo escrito por aí, vejo o povo escrevendo 'anein', 'aneim', 'anêim' e outras variantes. Ex.: se eu ia viajar com a turma e de repente não posso mais, alguém exclama: Anêeeim, Gump! Que pena!' 

Corguim - Lê-se córrr-guim. Diminutivo de corgo. 

Corgo - Lê-se córrr-go. Córrego. 

Quando é fé - Algo como “de repente” ou “até que”. Ex.: 'Estava no consultório do dentista, ouvindo aquele barulhinho de broca, e quando é fé sai um meninin chorando de lá.' 

De sal - Salgado. Ex.: Pamonha de Sal. (Eu jurava que era de milho... dãã) 
  
De doce - Se 'de sal' é salgado, então 'de açúcar' é doce, certo? Errado! Em Goiás as coisas não são doces, elas são de doce.

Disco - Um tipo de salgado frito. 

Ou quá? - Algo como 'ou o quê?'. Ex.: 'Você vai sair com a gente ou quá?' 

Vende-se este - Aqui em Goiânia é muito mais comum ver placas dizendo 'Vende-se Este' colada num carro, do que simplesmente 'Vende-se'. É como se quem escreveu pensasse 'vende-se? Vende-se o que?', mas também ficasse com preguiça de escrever 'Vende-se este carro'. Fica o meio termo. 

 

                          

 

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