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Arquivo com os Exercícios de Filosofia Clínica contendo as respostas comentadas:
Abaixo um texto que evidencia uma das características dos últimos anos: misturas entre o privado e o público. Aponte 3 questões relacionadas à Categoria Relação que podem ser consequência deste procedimento.
INTERNET NO TRABALHO: LIBERDADE ATÉ QUE PONTO?
Você deve conhecer a cena: está no trabalho e resolve dar uma arejada. Bate um papo no MSN com um amigo, twitta alguma coisa, dá uma fuçada no Orkut. Até que seu chefe aparece e você fecha a janela rapidinho, disfarça e volta ao batente. Não é de hoje que as empresas investem na Web 2.0. Mas por que dos muros para dentro, a coisa é diferente?
“As empresas consideram que os funcionários deixarão de trabalhar e gastarão o tempo precioso mandando mensagens para os amigos” , diz Roberto Brito, da consultoria Internacional de RH Robert Half. Segundo uma pesquisa realizada nos EUA pela consultoria, 54% das empresas proíbem totalmente o acesso a redes sociais durante o expediente.
“Acredito que a conscientização do usuário vai ser o principal desafio das corporações para que os benefícios da Web 2.0 possam ser usufruídos com segurança”, aponta Rodrigo Souza, da consultoria EZ Security. Ele afirma que o funcionário é o principal culpado por falhas na segurança da internet nas empresas – vírus e vazamento de informações sigilosas, por exemplo. “Devido a falta de conscientização e de treinamento, surgem todos os dias novos sites maliciosos, visando explorar essa fraqueza.”
Na Catho, empresa de recrutamento on-line, a maioria do funcionários tem acesso restrito à web. “Esclarecemos ao profissional que os recursos que disponibilizamos não são deles, são da empresa’, declara Lucio Tezotto, gerente de atendimento. Conforme ele, já houve funcionários que deixaram de trabalhar para conversar pelo Messenger. “A partir disso, passamos a monitorar”, conta. O acesso a redes sociais e a e-mails pessoais são proibidos, e o MSN é usado apenas com contas corporativas.
De acordo com a legislação brasileira, o e-mail corporativo, o computador e a conexão são da empresa. Isso significa que tudo o que você faz on-line pode ser monitorado. Não é crime trocar mensagens pessoais pelo e-mail corporativo, mas a empresa tem o direito e o amparo legal para monitorar tudo o que for escrito. “ É justo que o empregador possa tomar atitudes para evitar atos ilícitos”, explica o advogado Renato Opice Blim, especialista em direito digital. A empresa só não pode controlar mensagens trocadas via e-mail ou MSN pessoal – é por isso que a maioria dos empregadores opta pela proibição do uso de ambos.
O caminho da liberdade –
Segundo a mesma pesquisa da Robet Half, só 10% das empresas liberam o acesso a redes sociais. O caminho da liberdade existe, mas demanda educação e conscientização de funcionários e empregadores. “Acho que isso acaba virando uma onda inevitável. As pessoas vão usando e entendendo que, fazendo bem, esses recursos ajudam”, diz Luiz Alberto Ferla, presidente da agência de internet Talk. “Mas é necessário ter gerenciamento para não haver abusos. O RH precisa dar regras.” Na emprese dele os funcionários podem acessar a web antes e depois do expediente e no intervalo.
Na agência de comunicação TV1, mesmo quem não trabalha em áreas diretamente relacionadas a internet e comunicação tem livre acesso a redes sociais. “A abertura foi gradual”, explica Caroline Morato, gerente de RH da empresa. “hoje é liberado, mas a gente fica observando se o usuário usa de forma adequada. Pode acontecer de a gente tirar”, alerta. O acesso a redes sociais é tão comum dentro da empresa que o próprio departamento de RH tem um perfil no Twitter para informar os funcionários sobre as atividades internas.
Uma pesquisa inédita da Robert Half mostra que 91% dos executivos brasileiros têm perfis em redes sociais – se precisar de um argumento para convencer seu chefe, está aí um bom motivo para fazer networking. Os perfis também são usados na hora de contratar funcionários. A rede mais lembrada é o Linkedlin, mas o Twitter, o Orkut e o Facebook também podem ajudar a construir o perfil profissional.
Parq usar a web 2.0 e preservar a reputação profissional, é preciso prestar atenção nas informações, fotos do perfil e comunidades relacionadas ao usuário. Para Caroline da TV1, não dá para levar a sério, por exemplo, comunidades como “Eu odeio acordar cedo”. “Participar não significa que a pessoa não acorde cedo”, comenta. A gerente de RH, porém, revela que costuma checar nas entrevistas se a pessoa realmente tem o perfil que mostrou na rede social. “Se ela participa das comunidades da empresa, por exemplo, demonstra que possui um bom relacionamento com os colegas”, destaca.
As ferramentas podem, sim, atrapalhar, mas também podem ajudar o funcionário a ser mais produtivo. Para isso, porém, é preciso conscientização. “Você tem que educar, delegar tarefas e confiar. Quem usa os serviços deve ter responsabilidade, e alguém precisa definir os limites”, avalia Ferla. (AE)
Resposta:
A resposta será colocada em forma de problematização da questão:
1. Ao mesclar e tratar durante a atividade de trabalho de questões privadas há dados que podem intensificar equivocidades quanto à divisão de situações e problemas?
2. O privado, trazido para o ambiente de trabalho pode ser motivo de estímulo e descontração, melhorando as atividades, ou de distração e dispersão?
3. É natural que exista cada vez mais uma diluição entre os aspectos públicos e privados?
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