Programa
7 de dezembro,
sexta-feira
19h00 às 21h30
Seu modelo mental (EP) - estudo comentado
da obra Cantos do Pássaro Encantado, de Rubem Alves.
Ouça a conferência editada:
clique
aqui.
"Tudo aconteceu pelo olhar. Foi nos meus
olhos que o amor começou. Como eu nada sabia sobre ela, era
destituída de substância. Eu só tinha aquilo que meus olhos me
ofereciam: uma imagem. Imagens são criaturas de luz. Foi isto que
meus olhos viram, foi isto que amei: um nada luminoso. Uma imagem
não pode ser tocada – falta-lhe matéria. Nem me atrevi a fazer um
gesto... Meus olhos pararam sobre o seu rosto e o tocaram
imperceptivelmente com dedos de luz. Amei-a com os meus olhos. E
amei os seus olhos, que me fitavam. Naquele momento eu não sabia,
mas ela sentira o mesmo que eu."
Rubem Alves
8 de dezembro,
sábado
9h00 às 17h00
Estudo integrado do filme O Destino de uma
Nação e do livro Memórias da Segunda Guerra Mundial, de Winston
Churchill.
9 de dezembro,
domingo
9h30 às 12h30
Identidades brasileiras.
Estudo da obra O Elogio do Vira-Lata, de Eduardo Giannetti.
"Quem eram esses primeiros rebentos do
caldeirão étnico brasileiro, filhos de ocupantes e ocupadas? A
rigor, eles não se chamavam “brasileiros” ainda. Até por volta do
final do século XVII e mesmo início do XVIII, o termo “brasileiro”
não era empregado no sentido hoje corrente, ou seja, como expressão
e afirmação de uma nacionalidade, mas tinha significados bem
diversos. Os “brasileiros” eram aqueles que se dedicavam à
exploração comercial do pau-brasil em nossas matas e, por extensão,
era como se apelidavam os portugueses que, depois de “fazer a
América” e amealhar fortuna, retornavam à terra natal a fim de
desfrutar o espólio. Os filhos de portugueses nascidos do lado de cá
do Atlântico — todos, quase por definição, mestiços — eram chamados
“mazombos”. A língua fala. Já a etimologia de “mazombo”, termo
oriundo do quimbundo angolano, diz muito: “grosseiro, atrasado,
bruto, iletrado”. Sentindo-se um exilado em sua própria terra, olhos
sonhadores voltados para o imaginado esplendor da vida na metrópole,
o mazombo litorâneo tem como uma de suas principais ambições de vida
justamente deixar de sê-lo: tornar-se um cidadão de primeira, um
português de quatro costados, de modo a afastar de si a pecha de
mazombo — idealmente, por meio de uma temporada de estudos em
Coimbra (privilégio de poucos) coroada por uma carreira no clero,
magistratura ou burocracia estatal lusa."
Eduardo Giannetti
Explicação
- os trabalhos são destinados a pesquisadores
da área de humanas.
Os trabalhos serão práticos com textos e
vídeos comentados, conversações entre os participantes.
Indicações
- O estudo prévio dos textos que serão trabalhados.
Número de vagas
- 22
(Preenchimento a ser realizado conforme
o ordem de chegada dos e-mails.)
Inscrição
- R$ 180,00 (inclusos coffee
break, almoço e certificado)
- temos convênios com hotel próximo ao Colégio
e alguns hotéis no centro da cidade.
- Local: Dia 7, sexta-feira: Faculdades Itecne;
Alameda Cabral, 27; Dias 8 e 9, Colégio Madalena Sofia – Rua Santa
Madalena Sofia Barat, 809 – Bairro Alto
- Informações e inscrições: (41) 3092-0198 /
whatsapp: (41)98700-5968) /
inscricoes@itecne.com.br
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