Se estás aflito por alguma coisa externa, não é
ela que te perturba, mas o juízo que dela fazes. E está em teu poder
dissipar esse juízo. Mas se a dor provém da tua disposição interior,
quem te impede de a corrigir? E se sofres particularmente por não
estares a fazer algo que te parece certo, por que não ages, em vez
de te lamentares? Um obstáculo insuperável impede? Não te aflijas,
então, pois a causa de não o estares a fazer não depende de ti. Não
vale a pena viver se não o poderes fazer? Parte, então, desta vida
satisfeito, como partirias se tivesses logrado êxito no que
pretendias fazer, mas sem cólera contra o que se te opôs.
Marco Aurélio
O que tem Filosofia Clínica a considerar sobre
isso? Quais as orientações? Os caminhos? |