Instituto Packter
Filosofia Clínica
Um estudo sobre os tópicos estruturais iniciais em dois itens:
1. O homem em sua dimensão de mundo.
Exemplo: "Jürgen Habermas, em conversação com Joseph Aloisius Ratzinger, o papa Bento XVI, disse: “O ponto de referência para o discurso filosófico sobre razão e revelação é um modo de pensar recorrente: a razão, refletindo sobre seu fundamento mais profundo, descobre que sua origem vem de um outro, cujo poder determinante ela se vê obrigada a reconhecer, se não quiser a orientação racional em um beco sem saída de um autoassenhoreamento arrogante. Como modelo, serve neste caso um exercício de reversão realizado – ou pelo menos desencadeado – por suas próprias forças, uma conversão da razão pela razão…”
trecho do artigo de Lúcio Packter publicado na revista de Filosofia, Editora Escala, n. 102
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2. O homem em suas percepções de si mesmo.
Exemplo: "Há quem se considere assim: trabalhou 10 anos na Gerdau; 3 horas para chegar à praia aos domingos; 8 quilos acima do peso; 5 anos para se aposentar; a filha tem mestrado, fala inglês; comprou uma TV de plasma; IPTU é roubo; tem casa própria. E, na maior parte das coisas que vive, o “quanto” é importante; não tem uma conta certa, mas sabe aproximadamente “quanto vale” por se traduzir em números relacionados ao que fez, ao que faz, ao que sentiu. Amor, bem-estar, experiências possuem como fundamento e validação valores traduzidos em números, ainda que outros elementos participem. Esse é um primeiro exemplo sobre quanto uma pessoa é na versão dela para ela mesma. Para cada pessoa os vetores variarão.
“Quanto você é?” Imagine que por questões de autoestima, entre outras, a pessoa aceite e desenvolva um fator que a promova enormemente no “quanto”. Isso parece promissor, razoável, indicado? Entender que vale muito, atrelar a própria vida a um valor de quantidade? Entre os possíveis problemas, em uma sociedade repleta de indexações flutuantes como a nossa, ao proceder daquela forma, esta pessoa pode se comportar como quem “vale” 100, enquanto o “mercado existencial” lhe confere apenas 15. O que acha que acontecerá, então?! Há problemas complexos também, pois a existência da pessoa pode passar a ser analisada e direcionada por um “mercado de ações existenciais”, uma vez que ela mesma inseriu sua vida em tal mercado; fez essa inserção quando começou a se considerar existencialmente pelo crivo do “quanto sou”.
trecho do artigo de Lúcio Packter publicado na revista de Filosofia, Editora Escala, n. 101
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